Câmara de Vereadores de Teutônia

PROJETO DE LEI DO PODER LEGISLATIVO Nº 15/2019 - Projeto de Lei - Poder Legislativo

Projeto de Lei - Poder Legislativo - PROJETO DE LEI DO PODER LEGISLATIVO Nº 15/2019


Aprovada - 13/08/2019
Na Comissão de Finanças, Orçamento, Obras, Serviços Públicos e Agricultura - 30/07/2019
Baixado nas Comissões - 30/07/2019
Na Comissão de Educação, Saúde, Ação Social e Meio Ambiente - 29/07/2019
Na Comissão de Constituição, Justiça e Redação - 26/07/2019
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PROJETO DE LEI LEGISLATIVO Nº 015/19

 

Denomina Rua no Bairro Teutônia, nesta cidade.

 

Art. 1º - Fica denominada de “Fernando Rafael Meith” a atual Rua 177 no Bairro Teutônia, na cidade de Teutônia. 

 

Art. 2º - As despesas relativas à execução da presente Lei correrão por conta das dotações próprias do Poder Público Municipal, consignadas no orçamento vigente, suplementada se necessárias.

 

Art. 3º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

 

Sala das Sessões, 26 de julho de 2019.

 

 

Aline Röhrig Kohl

Vereadora

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

JUSTIFICATIVA/BIOGRAFIA

 

         Fernando Rafael Meith (1998 - 2017) foi um filho carinhoso e dedicado, um irmão maravilhoso, um amigo solidário e um soldado exemplar. Filho de Enio Meith e Glaci Teresinha Siebert Meith; irmão de Cristiano Roberto Meith e Deise Micheli Meith; nasceu, no dia 17 de janeiro, em Tiradentes do Sul. Pertencente a uma família de classe médio-baixa do interior do Rio Grande do Sul, Fernando viveu seus primeiros anos de vida no campo brincando nos potreiros e na roça. Aos quatro anos de idade, mudou-se com a família à cidade de Teutônia, Rio Grande do Sul, onde passou a infância, a adolescência e a parte de sua juventude. Sua alegria e criatividade eram contagiantes. Ainda criança, demonstrava preocupação com o bem-estar das pessoas com quem convivia, estando sempre disposto a ajudá-las. Com onze anos, ingressou no Objetivo Novo de Apostolado - ONDA, um movimento de Jovens da Igreja Católica. Sua participação no grupo sempre foi muito ativa; além de auxiliar na parte da animação, algumas vezes, palestrava aos demais jovens em retiros anuais. Seu espírito aventureiro o levava a praticar esportes diversos, como pêndulo, rapel, caminhadas e outros que tivessem relação com a natureza. A sensibilidade artística e o apreço pela cultura gaúcha também lhe eram peculiares. Desde criança, costumava dedilhar o violão e dançar músicas gaúchas de salão, que lhe renderam prêmios, inclusive no desafio da chula. A culinária era mais uma das suas habilidades, adquirida ainda na infância com seus irmãos. O fato é que, quando a família se mudou para a cidade, os pais começaram a trabalhar fora de casa, cabendo aos filhos preparar o próprio almoço. E, assim, à medida que crescia, mais lhe aprazia tomar conta da cozinha; dentre suas preferências, destacavam-se empadões e pizzas. Sim, Fernando foi um menino esforçado e virtuoso. Ao completar quatorze anos, começou a trabalhar, pois, além de conquistar sua independência, tencionava auxiliar nas despesas da casa. Ademais, ficou conhecido pelo seu bom humor e empatia; sua expressão de alegria e o olhar sensível e atento aos outros. Um de seus lemas era o de viver bem todos os dias, pois “nunca se sabe o que traz o amanhã”. Verdadeiramente, ele buscava ser feliz no presente. Conservava um coração de criança; tirava de si para ajudar ao próximo. Nunca saía de casa sem se despedir com um beijo; aliás, não desperdiçava a oportunidade de dizer aos seus afetos que muito os amava. Jovem que era, tinha sonhos, e um deles era servir o quartel. Preocupou-se ao descobrir que havia muitos inscritos, mas para sua felicidade, foi selecionado. E, assim, Fernando partiu. Embora distante fisicamente da família, as redes sociais o mantinham presente, e os telefonemas se sucediam. Nesses momentos, costumava contar suas histórias e matar a saudade. As últimas conversas com a família envolviam sempre a entrega da boina, o que o tornaria oficialmente um milico. Porém, no dia 21 de agosto de 2017, uma segunda-feira, quando retornava ao quartel, uma tragédia aconteceu: o veículo no qual estava invadiu a pista contrária e colidiu frontalmente com um caminhão. A vida é efêmera e, para comprovar, a de Fernando, naquele momento, sem aviso ou explicação, extinguiu-se. Admiração, respeito, mensagens de amigos, parentes e familiares foram constantes. A belíssima homenagem do pessoal do quartel honrou o sonho de Fernando: o recebimento da tão sonhada boina ocorreu no dia da sua partida. Um guerreiro nunca morre; na eternidade do Céu, ele se perpetua. De fato, como legado, deixou-nos a sua alegria e sua imensa vontade de viver.

 

 

Aline Röhrig Kohl

Vereadora